quarta-feira, 18 de março de 2015

BARRA DOS COQUEIROS: AUMENTOS ABSURDOS NA CONTA DE ENERGIA E A PRODUÇÃO DO PARQUE EÓLICO A TODO VAPOR.

Para onde vai a energia do Parque Eólico? O Prefeito disse que vai para o Paraná e a Empresa que administra o complexo localizado na Barra assegura que transmite para a Energisa.
foto: engevix
O Prefeito de Barra dos Coqueiros, Airton Martins, afirmou em uma entrevista no Jornal CINFORM, de circulação no Estado de Sergipe, que a energia Produzida no Parque eólico de Barra dos Coqueiros, estava sendo consumida no Paraná. E de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica.
. “A energia produzida na usina está sendo distribuída para o Operador Nacional do Sistema Elétrico desde setembro do ano passado, quando a usina ainda nem havia sido inaugurada”, esclarece Joaquim Ferreira, diretor de operações do Parque Eólico. A energia produzida ali é jogada na rede nacional de abastecimento elétrico, que é repassada para residências e indústrias através das concessionárias de energia. em matéria publica no Jornal da cidade.

Segundo informações, o Parque Eólico da Barra dos Coqueiros custou R$ 125 milhões e foi construído numa área estratégica, onde os ventos mantêm os 23 aerogeradores sempre em movimento, produzindo, em conjunto, 34,5 megawatts de energia, suficiente para abastecer uma cidade de 120 mil habitantes, a exemplo de Lagarto ou Itabaiana. A usina eólica está funcionando com a potência máxima de produção. “Vale frisar que o projeto do Parque Eólico da Barra dos Coqueiros é genuinamente sergipano. Desenvolvido por técnicos do Estado”, destacou o diretor de operações. na matéria do Jornal da Cidade.
Alternativa viável
Um possível racionamento de energia, provocado pela baixa do nível das hidrelétricas em decorrência da seca, fez com que a discussão sobre fontes alternativas de energia ganhassem força. Em Sergipe, isso não foi diferente. A baixa vazão da Hidrelétrica de Xingó acendeu o sinal amarelo. Foi justamente durante esse período de alerta que aconteceu a inauguração do Parque Eólico da Barra dos Coqueiros, no dia 29 de janeiro. Um grande evento que contou com a presença da Presidente Dilma Rousseff. 

O aumento do consumo de eletricidade é outro fator que apressa a busca por novas fontes energéticas. Entre os anos de 2003 e 2011, o consumo residencial subiu 65,2%. Resultado de um significativo crescimento que marcou a economia brasileira. Para Joaquim Ferreira, a energia produzidas pelo vento desempenha um papel fundamental no sistema de energético. “A energia eólica diminui essa dependência hidrelétrica, principalmente em situações como a que estamos presenciando, com a baixa dos reservatórios”, explica. 

O diretor de operações do Parque Eólico destaca também que a energia eólica deve ser analisada de forma mais estratégica. “As produções hídrica e eólica devem ser complementares. São dois sistemas que se integram, diminuindo a necessidade de outras fontes, a exemplo das termelétricas, que apresentam um custo muito alto de produção”, acrescenta.
Fontes alternativas já são utilizadas no Estado
Além da produção de energia eólica, Sergipe tem experimentado outras fontes energéticas alternativas, a exemplo da bioenergia. Com a recente instalação de usinas de produção de açúcar e álcool no Estado, foi adotado o sistema de produção de energia através da queima do bagaço da cana-de açúcar. O vapor produzido aciona turbinas conectadas a geradores, que transforma a energia mecânica em eletricidade.
Esse sistema de produção já é utilizado na Usina Pinheiro, instalada em Laranjeiras, e nas Usinas Taquari e Campo Lindo, ambas em Capela. A energia gerada por essas indústrias é suficiente para consumo interno. O excedente é comercializado. “A bioenergia é uma energia renovável que apresenta significativa redução das emissões de gases poluentes, com geração sazonal e excelente potencial de complementaridade do sistema hidrelétrico”, defende Osvaldo Franco, diretor da Usina Pinheiro.

A produção de energia termelétrica – produzida através do aquecimento da água - é outra alternativa que pode se tornar viável em Sergipe. Está em processo licitatório o empreendimento de uma termelétrica a óleo, que será construída em Nossa Senhora do Socorro. No último dia 3, empresários se reuniram com o governador Marcelo déda em busca de apoio para instalação de uma usina termelétrica a gás natural aqui no Estado. Se essas iniciativas se concretizarem, serão mais opções para complementar a demanda energética sergipana. 

Para Saumíneo Nascimento, secretário do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia, a diversificação da matriz energética é muito importante para suprir a crescente demanda do Estado. “Quanto mais energia, mais investimentos. Esse é um importante fator para o crescimento econômico de Sergipe”, sintetiza o secretário.
ALGUMAS INFORMAÇÕES: fonte: Jornal da Cidade.