sábado, 18 de novembro de 2017

PROBLEMAS SEXUAIS FEMININOS

Problemas sexuais femininos





Durante a vida sexual é possível que a mulher apresente alguns problemas em relação ao exercício de sua sexualidade. A maioria das disfunções sexuais femininas pode ser tratada.
Os problemas mais comuns são:
  • Falta de desejo sexual;
  • Incapacidade em obter orgasmo – anorgasmia;
  • Dor durante a relação sexual – dispareunia;
  • Incapacidade em ter penetração vaginal – vaginismo.
A falta de desejo sexual feminino, também chamada da perda de libido, é o problema mais frequente e acomete entre 15% e 35% das mulheres. As causas são as mais diversas, como alterações hormonais (pelo uso de anticoncepcional), parto, amamentação, menopausa, disfunções hormonais e antidepressivos. É possível ainda estar relacionada ao cotidiano e ao estresse, além da dinâmica do relacionamento. Muitos casais acham que esse sintoma é falta de amor, quando na verdade o bem-estar dos parceiros no dia a dia da relação é determinante para a sintonia do casal. Mudanças na rotina podem afetar a comunicação entre os parceiros, gerando o distanciamento entre eles e incidindo em sua vida sexual.
Anorgasmia: a incapacidade em obter orgasmo é um problema muito comum nas mulheres. Mulheres que têm orgasmo por meio da masturbação não podem ser consideradas como portadoras dessa deficiência.
Do ponto de vista biológico, o orgasmo feminino é bem definido, existindo até imagens de ressonância nuclear magnética de uma mulher durante o orgasmo. Talvez a causa mais comum da dificuldade de atingir o orgasmo entre as mulheres seja o desconhecimento da anatomia feminina, além de se buscar uma dinâmica sexual confortável para elas, o que não é incomum. A sexualidade feminina foi tabu durante boa parte da história, e apenas muito recentemente tem havido maior abertura para que as mulheres sejam também sujeitos de desejo.
Expectativas irrealistas e a clara falta de comunicação entre os parceiros certamente contribuem para esse problema. A influência da pornografia no aprendizado sexual é também uma questão importante, ao tornar um universo fantasioso e muitas vezes irrealista como referência para homens e mulheres.
Dor durante a relação sexual ou dispareunia: é quando a mulher sente dor no ato sexual. A causa dessa disfunção pode ser corrimento, infecção vaginal, menopausa e distúrbios hormonais. Também pode estar relacionada à falta de desejo sexual, além da adoção de um ritmo inadequado para a relação sexual. A excitação é um elemento importantíssimo para a lubrificação vaginal, que permitirá uma relação prazerosa e sem dor.
Vaginismo: é a incapacidade de haver penetração sexual prazerosa para a mulher, com a contração involuntária dos músculos próximos à vagina. Caracteriza-se por um ciclo que envolve ansiedade, tensão e dor, sucessivamente. É importante não tentar mais a penetração e fazer uma consulta ao ginecologista, para avaliar as causas e tratamentos. A terapia em conjunto do casal pode trazer gradativo aumento da intimidade sexual, com enormes chances de cura.
Vídeo problemas sexuais femininos
Assista ao vídeo, clique aqui.
Fontes:

Dr. Sergio dos Passos Ramos CRM 17.178 – SP

MRI study of the female genitalia, during orgasm, and after orgasm from Schultz WW et al. BMJ. 1999;319(7225):1596-600

Basson R, Berman J, Burnett A, et al. Report of the international consensus development conference on female sexual dysfunction: definitions and classific Jations. J Urol. 2000 Mar;163(3):888-93

Lindau ST, Schumm LP, Luamann EO, et al. A study of sexuality and health among older adults in the United States. New Engl J Med. 2007 Aug 23;357(8):762-74.

Basson R, Leiblum S, Brotto L, et al. Revised definitions of women’s sexual dysfunction. J Sex Med.2004 Jul;1(1):40-8
Laumann EO, Paik A, Rosen RC. Sexual dysfunction in the United States: prevalence and predictors. JAMA 1999 Feb 10;281(6):537-44

Laumann EO, Nicolosi A, Glasser DB, et al. Sexual problems among women and men aged 40-80 y: prevalence and correlates identified in the Global Study of Sexual Attitudes and Behaviors. In:Int J Imp Res.
2005 Jan-Feb;17(1):39-57