segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Seis histórias de quem se apaixonou só pelo sexo. E sabe viver bem assim

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3.2
Assim como amor à primeira vista ou amor de Carnaval, o sentimento arrebatador causado pelo sexo - e não pelo parceiro/parceira - é bem comum. Duas pessoas que se dão muito bem entre quatro paredes podem ser completamente desconhecidas fora delas. É possível se apaixonar loucamente pelo sexo com alguém, mas não pela pessoa em questão? Ao UOL, seis apaixonados contaram suas histórias para provar que sim. Afinal, amor de pica: quando bate, fica? 

* Alguns nomes foram trocados para preservar a identidade das fontes.


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Quando acabava, mal conseguia trocar duas palavras

"Conheci um cara no Grindr e marcamos de tomar um drinque na casa dele. Eu fazia isso com uma certa frequência, mas no fim ou o sexo era um pouco decepcionante, ou o cara era muito incrível e eu me apegava emocionalmente. Esse foi exatamente o contrário: o sexo foi absolutamente incrível, mas quando acabava mal conseguia trocar duas frases com ele. Nossas ideias e pensamentos não batiam em absolutamente nada. Saímos mais umas quatro vezes com o único objetivo de transar e não nos falamos mais. Saudades, inclusive, rs". Pedro, 37 anos, designer

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No sexo tudo encaixava como mágica

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"Estudei com a Gabi no colégio, mas nunca fomos muito amigos. Encontrei ela anos depois de formados numa balada em São Paulo. Papo vai, papo vem e fomos pra casa dela continuar a noite. Se eu soubesse o quanto ela era gostosa e mandava bem na hora H, teria procurado ela muito antes. Fora do quarto a gente não combinava tanto, principalmente porque ela era bem ativa politicamente e nossas opiniões eram divergentes. Acho até que ela me achava meio burro, rs. Mas no sexo tudo encaixava como mágica e nós dois ficávamos loucos e querendo mais". Julio, 31 anos, engenheiro

Só acabou quando ele começou a namorar


"Eu fui morar em Milão e tinha um conhecido lá, filho de uma amiga da minha mãe. Ele era mais novo e eu nunca tinha tido atração, nem sentimento por ele, gostava só como amigo. Aí um dia saímos e, no fim da noite, acabou rolando. Depois a gente sempre fazia isso: passávamos o dia juntos como amigos e à noite acabávamos dormindo juntos. No dia seguinte, acordávamos como se nada tivesse acontecido. E fizemos isso por muito tempo. Foi uma das únicas pessoas que eu não sentia absolutamente nada, era sexo e só. Era quando quiséssemos, quando dava na telha e era muito bom. Infelizmente tivemos que cortar isso quando ele começou a namorar". Bianca, 26 anos, arquiteta
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Pelo menos, alguma coisa ele fazia direito

"Essa história não é minha, e sim de duas amigas minhas que não se conheciam, mas tinham algo em comum: transavam com o mesmo cara. Eu conheci o Bruno* porque ele era amigo da Juliana* e acabei apresentando-o para a Andressa*. Ambas tiveram casinhos com ele e me juravam de pés juntos: era o melhor sexo da vida delas! Com a Juliana, ele ficou algumas vezes só, mas pela Andressa ele chegou a se apaixonar. Nenhuma das duas estava nem aí, só queriam saber mesmo de sair com ele para transar. Alguma coisa ele fazia direito, né?". Marcela, 23 anos, estudante

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Quando acabou, queria um molde dele


"Eu estava solteira há três meses e tinha acabado de sair de um relacionamento de oito anos quando conheci o Guilherme. Foi numa festa na praia em que nós dois estávamos completamente bêbados e acabamos transando atrás de uma moitinha na areia mesmo. Umas semanas depois estava num bar na rua do meu apartamento e resolvi mandar uma mensagem para ele. Ele foi me encontrar e logo subimos pra casa. E repetimos isso mais umas cinco vezes. Ficava completamente louca com ele, mas só na cama. Um tempo depois ele foi morar na Austrália e eu cheguei a cogitar pedir um molde do ~membro~ dele para mandar fazer um vibrador, rs". Catarina, 28 anos, advogada

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Três não é demais


"Meu amor de pica envolve mais de uma pessoa. Quando era mais nova, conheci um casal numa festa de amigos em comum e acabei indo para casa com eles. O sexo foi uma coisa de outro mundo. Era minha primeira vez com uma mulher, primeira vez com um casal, achei tudo maravilhoso. Tanto que repetimos muitas e muitas vezes depois, e por muito tempo. A frequência diminuiu bastante, mas continuamos com encontros esporádicos já há nove anos. Meu atual marido nunca nem desconfiou". Roberta, 42 anos, assessora de imprensa
Bárbara Tavares
Do UOL, em São Paulo