quinta-feira, 30 de junho de 2016

MUITOS POLÍTICOS SERGIPANOS RIEM DA CARA DO POVO, ISSO É UMA VERGONHA!

Sim, o coronelismo persiste. O blog A BARRA E A NOTICIA , ele está relacionado com a manutenção do poder de certas oligarquias e aos péssimos indicadores socioeconômicos de algumas regiões do país

O Líder politico atual (na época se chamava de coronel tradicional), dono da fazenda, que fazia do município seu quintal político e do voto do cabresto a sua prática, já não existe mais no estado de Sergipe. Uma espécie de coronel moderno, no entanto, ainda perpetua na política de um dos estados mais pobres do Brasil. A análise é da redação do Blog A BARRA E A NOTICIA, através do radialista e blogueiro, Givaldo Silva. “A condição tradicional de pouco desenvolvimento econômico e social do estado alimenta toda essa reprodução de famílias na política”, considera.


“Hoje o povo tem  uma mudança do tipo de coronel. Hoje esse papel é ocupado pelo deputado estadual, Deputado Federal, Senador Prefeitos e até vereadores,  mesmo  com mesmo esquema de clientelismo, empreguismos e ameaças. Com pose de representantes populares, eles mantêm seus miseráveis currais que vão além do próprio município. Muitos botam o filho prefeito de uma cidade, a filha de outro município, irmão em outro, mulher em outro município e até os filhos e primos vereadores. Em parte, isso se reproduz no Congresso Nacional”, nas Prefeituras e nas Câmaras Municipais. segundo o Blogueiro.

O Blogueiro Givaldo Silva,  avalia que a permanência das mesmas famílias no poder contribui para o fato de Sergipe ainda amargar os piores índices socioeconômicos do país, com municípios atolados em dividas . Na avaliação do Blogueiro, “as grandes lideranças não resolvem os problemas por medo de perder privilégios”. “Então, as pessoas continuam assistindo ao velho esquema de lideranças que estão a serviço de resolver os problemas do estado, mas esses problemas continuam existindo, sem serem resolvidos”, Isso é uma vergonha.

Com mais de 14 de seus 24 representantes indiciados em 2015, acusados de participarem de um esquema que desviou  milhões dos cofres públicos, a Assembléia Legislativa do estado simboliza o escárnio dos políticos locais com a população. “É uma Assembleia que ri da cara da população”, quando o assunto é subvenção social.

Com pouco mais de 2,2 milhões de habitantes, Sergipe tem taxa de analfabetismo em torno dos 16,98% da população.. O estado Sergipano detém um dos melhores índice nacional de expectativa de vida: 73 anos, quase 2 anos menos do que a unidade com a melhor expectativa de vida, o Distrito Federal (75 anos). “Dos mais 2,2 milhões de habitantes, com milhares de servidores públicos, classe média, que dependem da estrutura do governo local. Aqui, a sociedade civil não é organizada, não é de construir um movimento alternativo e renovador”.

Dos pouco mais de 1,4 milhão de eleitores estão aptos a votar em Sergipe, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 44,86% dos votantes são homens e 55,14% mulheres. Já quanto a faixa etária com o maior número de votantes, 372.905 eleitores estão entre 25 e 34 anos. Sobre o grau de instrução, 4447.544 eleitores possuem ensino fundamental incompleto. Já quanto ao estado civil, 952.625 dos eleitores são solteiros e 411.088, casados. dados de 2014.

Com o controle politico  nas mãos de algumas famílias e lideres sergipanos. O que se verifica é uma reprodução constante de um modelo em que se mantêm certos privilégios em torno de esquemas, especialmente, com prefeitos e vereadores. em Sergipe, há a constituição de alguns blocos familiares que tem elegido deputados estaduais, Prefeitos, vereadores que com a imunidade parlamentar procuram manter a ferro e fogo os domínios políticos. A gente tem aqui uma relação forte entre política e o mundo da pressão politica. Há uma consequência muito ruim do ponto de vista do estado, que é a pouca renovação na política. Se você não é de família, mas é um cidadão de ideias e propostas, terá muita dificuldade para disputar um mandato. Ao mesmo tempo, a condição tradicional de pouco desenvolvimento econômico e social do estado alimenta toda essa reprodução de famílias na política. Em função do jogo eleitoral, quando chegam as campanhas, você tem as grandes lideranças no cenário nacional do estado – que, vamos dizer, não têm as mãos sujas de sangue da política tradicional, mas têm como aliados toda essa velha-guarda, toda essa corriola. Então, você tem continuamente no processo eleitoral, em função dos currais eleitorais, essas alianças que são ruins para o estado.
É possível afirmar que Sergipe ainda se mantém sob domínio de oligarquias, que seguem com práticas semelhantes ao voto de cabresto, por exemplo?

Você tem uma mudança do tipo de coronel. O coronel tradicional, dono da fazenda, que toma conta do município e faz do município o seu quintal, hoje ele é ocupado pelo deputado estadual ou Federal, com mesmo esquema do clientelismo e da violência, que monta verdadeiros esquadrões de eliminação de opositores, alcança votações grandes e vai para a Assembleia Legislativa e para Câmara Federal. De lá, com a pose de representante popular, mantém seus currais que vão além do próprio município. Muitos botam o filho prefeito de uma cidade, a filha de outro município, o primo vereador. E, como deputado estadual, estando na Assembleia Legislativa, tem capacidade de chantagear o governo. Aqui isso tem sido uma tônica. Quando o governo não tem maioria, uma maioria de bancada programática. Ele tem uma maioria momentânea, onde os deputados se juntam para votar pró-governo, na medida em que o governo atende as suas reivindicações. Se o governo começa a resistir, forma-se uma maioria na Assembleia que dana a atrapalhar a vida do governo. Nesse toma-lá- dá-cá, você tem uma série de deputados e chefes políticos que exercem esse papel dos antigos coronéis. Os maus deputados só são atingidos aqui quando vem alguma operação da Polícia civil ou  Federal. Só para se ter uma ideia, a Operação de 2015, indiciou mais de 14 deputados estaduais, é um rombo de milhões. Mas a Casa legislativa nem sequer tinha Conselho de Ética, nem sequer abriu processo de quebra de decoro parlamentar para deputado nenhum. É uma Assembleia que ri da cara da população, e ela é representativa desse mundo.

Com isso esse modelo de coronelismo apresentado  se reproduz, de alguma forma, entre os parlamentares da bancada de Sergipe no Congresso Nacional.

E com a relação dessa permanência de famílias no poder e o fato de Sergipe continuar a ser um estado com baixos índices econômicos e sociais. E infelizmente na hora de apurar o que está acontecendo localmente, isso fica sempre em segundo plano, pois a culpa recai sobre a falta de recurso do governo federal. E em sergipe a sociedade civil não é organizada, não é de construir um movimento alternativo e renovador. Então, as pessoas continuam assistindo ao velho esquema de lideranças que estão a serviço de resolver os problemas do estado, mas esses problemas continuam existindo, sem serem resolvidos. As grandes lideranças não solucionam os problemas por medo de perder privilégios.