sábado, 15 de março de 2014

MORADORES DA OCUPAÇÃO JATOBÁ BLOQUEIAM RODOVIA SE 100

Eles acusam os funcionários de agiram com truculência
Manifestantes bloquearam a rodovia SE 100 (Fotos: Portal Infonet)
Moradores da Ocupação Jatobá, localizado no povoado Jatobá/Barra dos Coqueiros, bloquearam a rodovia SE 100 [que liga a Barra dos Coqueiros a Pirambu] na tarde desta sexta-feira, 14, em protesto a retirada das instalações responsáveis pela iluminação no local. Os manifestantes acusam os funcionários da Energisa de terem agido de forma truculenta.

A representante da União Nacional de Moradia Popular, Jussara Barbosa, explica que na manhã de hoje, os técnicos da Energisa e policiais chegaram na ocupação para retirar a iluminação. “Eles vieram acompanhados da polícia e começaram a tirar os fios sem dar explicação alguma. Alguns moradores tentaram impedir e foram agredidos verbalmente e fisicamente”, conta.

A moradora admite que iluminação foi obtida de maneira irregular, o chamado ‘gato’, mas alega que os moradores fizeram a solicitação da iluminação há mais de cinco meses. “Como a Energisa não veio ligar a energia, nós fizemos o ‘gato’. Queremos que a Energisa venha realizar a ligação correta”, afirma.
Jussara Barbosa
Moradores mostram solicitação de energia à Energisa

Marcos Antônio, que é morador do loca, diz que se sentiu humilhado pelos técnicos da empresa. “Além de agredir alguns moradores com o fio, eles afirmavam que quem conseguisse tirar mais fio ganhava mais cerveja, ou seja, 'mangando' dos moradores”, relata.
Energisa

A Energisa comunicou, por meio de sua assessoria de comunicação, que a empresa é impedida, por lei, de compactuar com ligações ilegais. Conforme o assessor, André Brito, o terreno foi invadido, não há regulamentação e a Energisa não pode fazer nada enquanto o terreno for da União.

Sobre as agressões colocadas pelos integrantes do movimento, André Brito informou que não existiu truculência. “Nunca houve agressão em nenhuma operação da Energisa. Nossa intenção é ofertar energia para todas as pessoas, porém, a energia não pode ser de maneira inadequada, pois toda a sociedade sai perdendo”, finaliza.

Por Geilson Gomes e Verlane Estácio